Por Ana Bayona (Gerente Sênior de Receita e Lucro)
Durante 2020, a volatilidade das reservas obrigou-nos a trabalhar com uma recuperação de última hora e verdadeiramente complexa de gerir. Aprendemos a ter que trabalhar com um grande número de quartos que foram vendidos e cancelados na mesma proporção em poucas horas. Este panorama continua para muitos dos hotéis que durante estes meses decidiram corajosamente permanecer abertos. Manter um On the Books com baixa qualidade e alta volatilidade.
Durante estes meses na Bedsrevenue implementámos ações baseadas em otimizar a qualidade das reservas que nos chegam dado o elevado grau de incerteza com que o cliente se depara no momento de efetuar a reserva. «Máxima flexibilidade, mas garantindo que o cliente não cancela»
Todas as estratégias baseiam-se em encontrar formas de fazer com que o cliente se sinta confortável no momento de fazer a reserva e não decida cancelar nos momentos que antecedem o período da viagem. Isso é complexo no momento, então taxas como as taxas não reembolsáveis tornaram-se minimamente utilizadas. Não porque o cliente não os considere atrativos se forem acompanhados de um desconto significativo, mas porque assumir o pagamento de 100% no momento da reserva é agora mais complexo.
A Tarifa Semiflexível é um valor seguro. Já era antes da pandemia e agora continua a ser um valor extraordinariamente recomendável e que o cliente aprecia significativamente. A chave é acertar a liberação dessa taxa para torná-la não reembolsável. É aqui que é preciso acertar e a aplicação desta liberação varia muito dependendo da cidade em que o hotel está localizado.
Na Bedsrevenue, a utilização desta taxa em hotéis/clientes abertos representa em média 40% na venda geral e 65% se falarmos apenas do contributo daquela taxa no segmento de vendas diretas web. Números que apoiam a utilização desta tarifa como opção face ao previsível aumento de reservas que esperamos nos meses de abril e especialmente maio.
Na Bedsrevenue propomos a utilização de algumas tarifas focadas na manutenção de uma maior qualidade das reservas e consequentemente maior controlo da taxa de cancelamentos de última hora que possa ter.
- Manter uma tarifa BAR com máxima flexibilidade mas que introduza despesas 48 horas antes da data de chegada, especialmente em B2B e OTAS e no segmento de férias.
- Se trabalharmos com um FIT (alto), especialmente nas ilhas, tentar garantir que a gestão das tarifas de oferta implica restrições aos cancelamentos de última hora.
- Promova o Semiflexível sem custos até 21-15 dias antes da data de entrada.
- Promova taxas de bônus diretas. Tarifas que no momento da reserva exigem o pagamento da 1ª noite mas em troca o hotel acrescenta diretamente 5% a esse pagamento da noite como desconto bonificado e sujeito a condições de cancelamento semelhantes às semi-flexíveis.